sexta-feira, 1 de junho de 2012
Entremeio
Existe você entre os fios dos meus cabelos,
É tempo sem fim.
A tua pele ocupa o espaço em branco da vida.
Tuas mãos cruéis não tiveram infância
E me acariciam,
Sinto paz.
A caligrafia dos teus dedos acompanha a estampa do vestido
Enquanto teu sorriso me aprisiona,
O instante existe,
Minha natureza não permite fugas,
Foi com coragem que segurei tua mão.
_Não me acompanhas?
Era tua voz longeva a cantar futuros.
Fizemos as malas,
A cama e o momento.
Mas a queda eu não previ.
Meu sorriso ainda existe na transitoriedade do espelho,
Mas meus olhos são mortiços.
É sem fim o tempo,
A vida não passa nunca,
A estrada perdida entre meu peito e tua voz não faz eco nos teus ouvidos distantes.
É de agua a paz que me resta,
(H)afundo. (?)
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Lindo.
ResponderExcluirObrigada moça!
ResponderExcluirBonito poema.
ResponderExcluirSaludos
David
http://observandocine.com/
Obrigada! Vou conhecer ali seu blog, e é sobre cinema, minha outra paixão.
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