terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sempre-Vivas

Não morro inteira
Porque quero sempre vivas no meu jardim.
Quero janeiros
E margens de rio.

Quero um dia parar
E encontrar teu nome riscado a giz
Na calçada da frente.
Teus olhos infantis
Sublinhados nos meus,
Nossos passos lado a lado.

As flores ensolaradas
Com as asas da manhã.

sábado, 6 de agosto de 2011

Por um triz

Para a felicidade eu não tenho escrúpulos,
Eu te dou meu peito,
Entrego o que é teu de direito.
Te encho de sorrisos
E meio sem jeito
Eu fico feliz.

Mas é por um triz.

Porque tenho medo
Desse jeito estúpido
Que te acompanha,
Desses tantos venenos
Que a tua língua solta,
Desses teus dedos
Que me rodopiam,
E que descuidados
Não me aliviam,
Me fazem tonta
Cair no chão.

Mas é por um triz.